“Fui reprovada e achava que a culpa era minha”, conta estudante de Baraúna, RN
A sensação de Alcilene era de ter fracassado. “Ser reprovada foi uma coisa muito triste para mim, eu achava que a culpa era minha”, contou a estudante de 14 anos, que mora em um distrito rural quilombola em Baraúna, no interior do Rio Grande do Norte. Aos 13 anos, havia sido reprovada no sexto ano, ainda sem ter sido alfabetizada. Ela não sabia ler e não entendia o que os professores e professoras explicavam. “Todo mundo passava, porque sabiam ler e responder as perguntas das provas e eu não sabia. Eu não me interessava em aprender a ler e escrever”, lembra a adolescente.