Planejamento: parceiros institucionais da estratégia se reúnem em Brasília

Por Comunicação

19.11.2025
Planejamento: parceiros institucionais da estratégia se reúnem em Brasília

Foram definidas ações para ampliar a adesão dos municípios à BAE

Os parceiros institucionais da Busca Ativa Escolar (BAE) – Congemas e Conasems, juntamente com os gestores da estratégia, Undime e UNICEF – se reuniram em Brasília, nesta terça-feira, dia 18 de novembro de 2025, para tratar, entre outros assuntos, sobre a situação geral da estratégia, as ações para 2026 e as adesões municipais nos estados com menor engajamento. 

O balanço sobre a BAE mostrou que a estratégia foi responsável, até 18 de novembro de 2025, pela (re)matricula de mais de 310 mil crianças e adolescentes. No ciclo da gestão municipal 2025/2028, já (re)aderiram à Busca Ativa Escolar 2.587 municípios dos 26 estados brasileiros. Em nível estadual, 21 estados são adesos à estratégia. As organizações  definiram várias ações para ampliar as adesões municipais, especialmente nos estados com menor participação.

Os presentes também conheceram os resultados de uma avaliação sobre a efetividade da estratégia na (re)matrícula de crianças e adolescentes, sobretudo aquelas em situação de maior vulnerabilidade. Os dados apontam que os municípios adesos foram aqueles que apresentavam maiores taxas de abandono e tiveram uma redução maior, entre 2017 e 2023, em todas as etapas de ensino. Além disso, meninos negros foram o grupo mais matriculado, o que condiz com os dados oficiais nacionais, que apontam esse perfil como o mais excluído da escola. A avaliação será lançada publicamente em breve. 

Foram apresentados e debatidos os novos painéis da exclusão escolar, constantes no site da BAE, com os dados e o perfil da exclusão escolar de todos os municípios brasileiros, com base no Censo Demográfico, 2022; os novos motivos de exclusão escolar, discutidos e referendados por Undime, Congemas e Conasems, e que foram inseridos na plataforma em 2025; os detalhes sobre o desenvolvimento da nova plataforma da estratégia; e materiais de comunicação produzidos para apoiar o trabalho das equipes estaduais e municipais. Ainda falaram sobre gravidez na adolescência e os desafios de os estados e municípios implementarem iniciativas e políticas públicas em favor da primeira infância sem orçamento.





Gravidez na adolescência, violências e racismo

Durante o encontro, foram apresentadas outras três estratégias do UNICEF: “Educação que Protege”,  “Desenvolvimento Infantil na Primeira Infância” e “Primeira Infância Antirracista”. Os participantes debateram a influência das violências e do racismo na evasão e exclusão escolar e de que maneira a estratégia deve atuar para evitar que essas questões afastem crianças e adolescentes da sala de aula. 

Segundo levantamentos realizados pelo UNICEF Brasil, 2 em cada 3 adolescentes que morreram de forma violenta no estado de São Paulo, entre 2018 e 2020, estavam fora da escola, sendo que que em 70% dos casos, a morte ocorreu entre 1 e 2 anos depois da evasão escolar. Em sete cidades cearenses, mais de 70% dos adolescentes assassinados, em 2015, estavam fora da escola há pelo menos seis meses. 

A reunião ocorreu no escritório do UNICEF na capital federal. Participaram do encontro Ana Carolina Fonseca, oficial de Educação e Proteção do UNICEF; Carolina Velho, especialista em Educação Infantil do UNICEF; Daniella Rocha, oficial de Educação do UNICEF; Edineide Almeida, coordenadora institucional da Undime; Júlia Ribeiro, especialista de Educação do UNICEF; Marcela Alvarenga, assessora técnica do Conasems; Petrúcio de Lima Ferreira, presidente da Região Nordeste da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Goianinha/RN; Renata Dias, coordenadora de projetos da Undime; Valdiosmar Santos, primeiro tesoureiro do Congemas; e Vilmar Klemann, assessor de projetos da Undime. Remotamente, marcaram presença Luciana Phebo, chefe de Saúde do UNICEF Brasil, e Júlia Albino, oficial de Políticas Sociais do UNICEF.