São Paulo lança Programa de Combate à Evasão Escolar na Rede Municipal
Iniciativa prevê ações para prevenir violência sexual contra crianças
A prefeitura de São Paulo lançou hoje (3) o Programa de Combate à Evasão Escolar na Rede Municipal, para reforçar ações da Secretaria de Educação de enfrentamento ao problema em todos os estabelecimentos de ensino da capital.
O plano inclui a adesão ao programa de busca ativa desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por meio de uma plataforma na qual se concentrarão informações sobre o acompanhamento de crianças e adolescentes que correm risco de ficar fora das escolas.
O prefeito Ricardo Nunes informou que o programa prevê a contratação de 70 mães de alunos da rede municipal de ensino que irão à casa dos estudantes, além do uso de informações do Programa de Saúde da Família, com 14 mil visitas nas residências, e o trabalho das equipes de assistentes social que visitam 62 mil famílias por mês.
“É uma ação conjunta das secretarias municipais para a prevenção da evasão escolar. Há ainda o acordo com o Instituto Liberta para compartilhar conhecimento e planejar ações contra a violência sexual contra crianças e adolescentes, um dos motivos que podem provocar evasão escolar", disse o prefeito. A parceria prevê treinamento de profissionais da educação e distribuição de material de campanha contra a violência sexual para a rede municipal de ensino, acrescentou Nunes.
Ele reforçou que é motivo de preocupação, em uma rede com 1,070 milhão de alunos, metade estar em situação de pobreza ou extrema pobreza. “É um grande desafio para nós, mas tenho certeza absoluta de que vamos melhorar muito esse quadro e que essa população continua tendo atenção especial da prefeitura de São Paulo.”
O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, ressaltou que a pandemia não trouxe desafios novos, mas "agudizou" desafios e problemas que já existiam, como o da aprendizagem e o da evasão, o que exige reforço das ações preventivas existentes. “Além das mães, vamos contratar 39 estagiários que se somam à equipe do Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem. As escolas têm feito ainda o trabalho de manter o vínculo, garantindo a alimentação dos alunos para manter a segurança alimentar."
Segundo Padula, o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem atua com 91 profissionais (psicólogos e psicopedagogos) que vão às escolas para acompanhar especificamente os alunos que vivem em situação de rua ou cumprem medidas socioeducativas e adolescentes grávidas, entre outros. “As escolas têm feito o trabalho de manter o vínculo. Mesmo fechadas, as escolas se preocuparam em manter a segurança alimentar e nutricional, que é uma das questões que a escola resolve”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil